terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

As coisas como são!

Selvagem, é isto que fascina a todos. Pois para mim criar moda é ser selvagem, aliás o ambiente frequentado por essa gente ligada ao universo da moda é sempre meio selvagem, um querendo caçar os outros e passar por cima. A noite é selvagem ao extremo, aquela sensação de não sabermos onde estamos, de que tem sempre algo à espreita. Mais ou menos como naquelas ocasiões em que estamos com uma câmera fotográfica apontada numa certa direção mas a escuridão toma conta da tela e só conseguimos ver o alvo quando clicamos a foto e sai aquele super flash.






Fica mais ou menos igual aquelas fotos feitas no meio do mato de algum bicho, até com os olhinhos vermelhos. Acho que estas fotos representam muito bem o termo selvagem.
Mas eu estava falando de moda, então, selvagem é mostrar aquilo que fica escondido. Como os animais que não se mostram até que alguém os descubra. Selvagem é mostrar aquilo que ninguém vê a menos que se procure, como os acabamentos, as costuras, os fiapos de tecido e linhas de costura. Até , de repente,  aquele alfinete que passou despercebido a ficou dentro do forro do cós. Pois quando uma coisa é selvagem a gente não sabe o que vai encontrar e quando se encontra, não se sabe o que vai acontecer. Só podemos então, agir com muito cuidado. Nunca subestime o que é selvagem, nem sua roupa.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Retornando ao ponto de partida!

As vezes para chegar a um destino novo temos que revisitar aquilo que já vimos outras vezes. Porém, alguma coisa sempre sai diferente da segunda vez. Como já foi dito "um rio nunca passa duas vezes pela mesma pedra e nem a pedra é a mesma". Reabilitei um trabalho antigo que agora me trás outras idéias para uma nova abordagem. Sabe de uma coisa, eu gostava quando os vendedores de rua ficavam lá na frente do terminal parobé, mais do que agora com aquele estacionamento ridículo. Dava um ar de humanidade ao centro, principalmente nos dias de chuva quando eles puxavam cordas vindas sei lá de onde e estendiam toldos que cobriam toda a feira de bugigangas. Bem, acho que vão entender num minuto quando eu mostrar um protótipo que eu fiz.





 Taí um segredinho meu para que possam me entender um pouquinho. Isto foi uma idéia que eu tentei elaborar neste esboço, mas eu ainda estou pensando como interpretar em grande escala. Porque uma idéia como esta não pode ser feita "indoors" ela precisa de espaço  para acontecer. E do céu, e da chuva, e do sol, e das pessoas que circulam pelas barraquinhas de petiscos (para a alma e para a gula). Mas por mais que se monte uma cena que represente tudo isto nunca vai chegar tão perto do sentimento real de se estar em uma feira debaixo da chuva, com os toldos formando bolsões de água que escorrem pelos buracos e pelos lados da estrutura.
Nada é mais belo do que a simplicidade com que as coisas acontecem naturalmente, sem que alguém esteja por trás com uma câmera controlando a luz, o "timing" da ação e a perfeição dos atores. Nada é mais belo do que o roteiro escrito pelo intencional desenrolar das ações criadas pelo acaso.
Assim como começar pesnsando em escrever uma coisas e acabar colocando outra no post.
Bem, a idéia original do post continua aqui matutando na cabeça, esperando para ser escrita e fotografada.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Oh, o belo grotesco!

Penso muito nesta relação belo/feio, e acho muito interessante ver que tipo de coisas as pessoas acham belo. Que tal uma musica do Iron Maiden, é um bom exemplo de que o feio, mesmo o grotesco pode se transformar em belo e tambem voltar a ser feio ao mesmo tempo.


Tá certo esta é uma das melhores bandas que existem, mas não deixam de ter uma relação bem próxima aquilo que podemos achar feio, mas é um feio tão bem feito que acaba ficando belo e atraente até.
A arte pra mim é isto, um casamento de fatores que regem a opinião popular, e o interesse de mercado. Daí, eu fico pensando onde entra então a escolha do artista, como podemos manipular os fatores para que eles trabalhem a favor das nossas idéias.
Estou neste momento muito ansiosa, porque devo decidir o que vai fora e o que guardar nas coisas do meu atelier. Pelo menos tenho algumas roupas para terminar enquanto não começo a colocar mãos à obra nos novos trabalhos, vamos ver se amanhã eu já vou ter coisas interessantes para mostrar.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

A beleza da feiura!

O que é o belo? Vivemos num mundo onde a feiura impera por todo lugar, tanto que nos admiramos quando encontramos algo que, no nosso entender leigo do belo, consideramos diferente do comum. É o que chamamos de belo o feio fora do comum. Muito interessante perceber que tipo de coisas a opinião geral chama de belo, mas muitas vezes o belo pode ser grotesco.
Estreou recentemente o filme Black Swan, uma parodia do Ballet composto por um artista romantico chamado Tchaikowsky, Swan Lake.




Bem, hoje eu peguei pesado mas é que o belo e o feio sempre me intrigaram, e neste filme o feio esta presente em todas as cenas, inclusive nas belas.
Mas não acho que mereça o Oscar, porque o filme Lixo Estraordinario é muito melhor.
No post anterior eu falei dele, aqui então eu só vou citar que do ponto de vista da beleza e da feiura ele representa muito melhor este paradoxo.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

E por que não?!

Sempre fico pensando porque as coisas são como são. Semana passada me deu uma vontade enorme de ver o filme Lixo Extraordinário, aquele sobre o trabalho do Vik Muniz no maior aterro de lixo do mundo que fica no Rio de Janeiro. E não é que o filme é bom mesmo, tirando a parte que eu fiquei enjoada a tive que sair, coisas devido as câmeras que não paravam de se mexer e a luz muito branca. (Mas depois eu falo do filme)
Bom eu nunca gostei de me vestir igual a todo mundo então eu peguei um vestido de linho cor de rosa com corte reto e curto. Sim porque eu estou numa fase de roupas curtas coisas de quem gasta com pilates e aulas de boxe e quer mostrar as pernas. Bem o tal vestido não tinha sido passado e muitos descartariam esta opção de roupa mas, como eu sou eu, não descartei. Então eu pensei por que não usar este vestido de linho amassado mesmo, afinal neste modelo até que ficou exótico. Completei o visual com um cinto fininho preto pra não ficar aquele ar de muito desleixo. Eu me achei o máximo.


Mas falando no filme, sabiam que ele foi indicado ao Oscar, acho paradoxal esta indicação se comparamos os filmes que foram indicados antes deles. Já que este filme foi feito com os catadores de lixo do Gramacho o aterro lá do Rio, e se ele ganhar vai ser muito engraçado que justo um filme feito com esta gente esquecida seja mais valorizado que aqueles outros filmes brasileiros feitos com aqueles atores suuuuuuper conhecidérrimos.
Mas este filme é diferente ele tem muita sensibilidade e coragem para tratar de um assunto que muitos prefeririam deixar de lado para tratar mais tarde. Este filme merece muito mais o Oscar do que qualquer outro filme brasileiro jamais indicado ao Oscar. Ele merece outros prémios também de outras academias de cinema. Isto sim e arte contemporãnea de verdade.

Falando em sensiblidade deixo o meu momento para todos se inspirarem.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Ah, um dia de atraso não faz mal, né?


Eu adoro tecidos, sou daquelas que não resiste a um balaio de saldos ou retalhos úteis. Depois  o que faço com eles é outra história, muitas vezes eles ficam em algum cesto esperando para serem "processados", isto é, transformados em lindas criações.
Este vestido amarelo eu fiz para usar no ultimo Natal, notem que ele é curtinho e super decotado, ultra ousado. 

 Mas as vezes eu também poso de moça romântica, então certa vez eu resolvi fazer o modelo dois em um que servisse para uma blusa e ao mesmo tempo eu tirei um vestido do papel.No vestido eu desencalhei uma renda bordada que eu havia comprado para outra coisa mas que no acabou sobrando e zas-tras foi remanejada na barra do vestido.

E na blusa eu aproveitei um dos meus retalhos, que por sinal tinha um defeito, claro que eu aproveitei isto a meu favor.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Ano Novo, vida nova!

Bem, o primeiro post é sempre uma tentativa de organizar o espaço e de se apresentar.
Pronto, resolvi criar um blog, então vou agora dizer o motivo que é simplesmente o de ter um espaço para publicar minhas produções no campo da arte e da moda.
Ano novo vida nova, munida agora dos meus conhecimentos passo os dias com idéias do que inventar, agora que estou numa fase de arrumações então fico com mais pique para bolar jeitos de concretizar estes pensamentos. Vi porem os quantos trabalhos tenho por terminar ou fotografar, mas eu preciso mostrar para saber as opiniões que não as minhas porque não se pode criar e deixar quardado. Em breve estarei colocando meus trabalhos aqui neste espaço, espero que eu consiga me disciplinar para não esquecer este endereço e deixa-lo jogado as traças.