quinta-feira, 14 de abril de 2011

Sinistro!

Aviso a todos que o post de hoje é sinistro, e vou contar por que.
Muitos acham que o Eddie mora aqui em casa, uma especie de bicho humanoide e branco, todo branco, alguns até viram ele durante a noite, não se sabe se em sonhos ou realidade.

O fato é que na época em que comecei a fazer fotografia na faculdade eu comecei a usar filme preto e branco e a fotografar e fotografar tudo que via pela frente.
Uma vez eu estava fazendo umas fotos em um canto do meu quarto e quando revelei o filme apareceram umas fotos tiradas naquele canto que eu não tinha ideia como que foram parar lá, eu não tinham lembrança nenhuma de que elas estivessem lá. O mais estranho é que as fotos eram de objetos muito sinistros, coisas quase impossiveis de serem fotografadas por mim. Eram objetos muito estranhos mesmo.







Agora imaginem como eu me senti ao ver essas fotos, náo se sabe de onde.
Não deve ser do além, isso é óbvio, mas então de onde. Será que alguma coisa saiu errado com as minhas fotos, isso também é óbvio que sim, até por que eu estava usando uma camera fotográfica de fotometro manual e eu nunca me entendi com ele.
Mas fiquei imaginando....
O Eddie,
As evidencias,
As fotos,
Talvez ele quisesse que tivessemos uma confirmação da presença dele nesta casa.

Mas agora todos acreditam que ele tenha ido embora, pois o Iron Maiden veio aqui o ano passado e deve ter levado ele junto, pois com qual outro motivo eles teriam vindo tocar aqui, a não ser para encontrar seu querido fellow mate.



quinta-feira, 7 de abril de 2011

De janela pra vida!

Tem dias que a gente se sente,
Como quem partiu ou morreu,
A gente escapou de repente,
Ou,
Foi o mundo então que cresceu.

Antonia Indrusiak, parafraseando o Chico Buarque de Holanda



Talvez já tenham notado como a gente vive de janela, 
As pessoas mal saem das suas casas,
Elas vivem com medo daqueles que fugiram das prisões.
Mas vamos pensar de outra forma,
Não seremos nós que estamos presos,
Presos em nossas rotinas cotidianas,
Sempre em busca,
Não sei de que, 
Mas em busca,
Queremos TER,
Nunca ser,
Saber.



Sempre me interessou falar do coração, dos sentimentos, hoje não se fala mais disso, sob risco de ser tachado de piegas, de cafona, sei lá que outro nome dão para isso.
Acaso seremos tolos bastantes para sub-valorizar o coração, dizem que não, mas qual, sempre em busca...
Um dia percebi que estas janelas são na verdades nossas prisões, prendemos aqueles que achas indignos e viverem entre nós, mas nós mesmo achamo-nos um indigno dos outros.
Somos um bando de maricas que não sabe mais sentir, tem medo de se expor ao sentimento,
Outro acaso será que temos medos das dores do coração, aí sim explicamos porque nos prendemos entre grades. E fugimos da civilização.
Agora vou pensar, talvez eu vá ao parque ver se há alguém pra me ajudar.


terça-feira, 5 de abril de 2011

Fragil e Precioso!

Minha esperança é o sangue que corre em minhas veias,
E escorre pelos cortes do meu peito,
Já me arrancaram o coração,
Cortaram-no com navalhas,
O teu sorriso é o véu que encobre as tuas intenções,
E eu que já estou presa na tua armadilha te espero, te beijo, te abraço,
Cada toque em meu corpo é um pedaço de mim que vai embora,
Você me destrói,
E eu que sou a esperança,
Ainda te acolho em meu coração.

Antonia Indrusiak, 2003

Sempre gostei de escrever, deixar fluir os sentimentos transformando-se em palavras. Nos meus trabalhos sempre gosto de relaciona-los com algum texto que transmitam ao leitor aquilo que sinto e que quero que ele pense ao ver o meu trabalho.
Uma vez teve uma exposição, onde eu participei com um trabalho quase coletivo, que fiz junto com o povo da saudosa Galeria de mArte.
Era um expo só de caixas o nome era "Caixas", e nós fizemos caixas verdes de madeira. Só que a minha caixa era de borracha E.V.A..









E depois da expo eu acabei encontrando ele jogado em um monte de coisas, e resolvi tirar a foto, pois desse jeito ele se enquadrava perfeitamente nos meus sentimentos de quando eu fiz ele e a poesia que eu coloquei lá em cima do post, que eu fiz antes da obra, também coincidia com o mesmo humor.


Mas isso nos faz pensar o que acontece com a arte contemporânea hoje, pois a minha obra jogada, esquecida num canto não esta de acordo com o que muitas vezes se pensa sobre arte.

Mas o que se pensa sobre arte?

Isto me faz lembrar de um reportagem que eu vi esses dias:


"Três alemães que trabalham na recolha do lixo em Frankfurt foram "condenados" a frequentar um curso de Apreciação de Arte, depois de acidentalmente destruírem e incinerarem uma escultura de Michael Beutler, instalada numa rotunda daquela cidade.
Com dez metros de largura e 2,5 metros de altura, a peça - intitulada Nicht Innen Sondern Aussen-Nicht Drinnen Sondern Draussen (Não Interior mas Exterior-Não Dentro mas Fora) - era feita de vulgar plástico amarelo usado na construção civil, dobrado e cortado pelo artista. E era uma das dez obras incluídas numa exposição ao ar livre, espalhada por vários locais de Frankfurt. Ou melhor, das oito que restavam, pois duas das ins- talações já tinham desaparecido.
"Está entre a abstracção e algo figurativo", explicou à bbc.news o escultor, acrescentando que a sua obra "tinha qualquer coisa de parque infantil público, podia ver-se nela uma espécie de cobra ou assim". Segundo Michael Beutler - nascido em 1976, em Oldenburgo, e com formação na Städelschule de Frankfurt (Alemanha) e na Glasgow School of Art (Escócia) -, o objectivo era criar uma coisa de tal forma real que não parecesse uma obra de arte.
Os funcionários municipais que apenas viram detritos naquela estranha estrutura amarela vão agora frequentar a escola onde estudou o jovem artista (que, diga-se de passagem, alcançou grande projecção mediática graças a este caso insólito).
antecedentes. Esta não é a primeira (nem será a última) vez que uma obra de arte acaba no lixo. Em Dezembro, desapareceram do Centro de Arte e Espectáculos da Figueira da Foz os 17 pedaços de um lavatório de cerâmica a que Jimmie Durham chamou As Frases. Os cacos foram partidos em 1995, durante uma performance na galeria Módulo do artista norte- -americano de origem Cherokee, e a peça, no valor de milhares de euros, pertencia à colecção do Instituto das Artes. Mas acabou no contentor, porque a empregada de limpeza achou que se tratava de lixo de alguma obra a decorrer no centro."

A obra em questão é esta aqui:


Mas isto nos leva a pensar por que as pessoas fazem isto, digo, duas das oito obras da expo já haviam desaparecido. 

Por que as pessoas levam uma obra supostamente de arte?

As vezes me levo a pensar que é por que elas gostaram do trabalho. Neste caso o artista devia incluir uma nota no seu currículo falando de suas obras roubadas ou desaparecidas como uma prova de seu apreço no gosto popular.

O fato é que ou tem alguma coisa muito errada com a arte nos dias atuais, ou alguma coisa saiu dos trilhos do bom caminho ue os marchands e criticos trilhavam para os artistas, ou simplsmente os artistas estão tomando de assalto destas habeis mãos, as redeas da arte.

Artistas não deixem que seus trabalhos te dominem,
Engula eles antes deles te devorarem,
E os marchands,
Ah, deixa eles pra lá.